Difusor pessoal: como usar? ​

Difusor pessoal: como usar?

Os difusores pessoais são a maneira fácil de levarmos os aromas dos óleos essenciais no nosso dia a dia, permitindo com que os seus benefícios da aromaterapia nos ajudem na nossa rotina diária. Você sabe como usar o seu difusor pessoal para óleos essenciais? Quando estamos desanimados, duas gotinhas de alecrim ou hortelã, se estamos estressados umas gotinhas de laranja doce ou capim limão e assim vai. É um acessório indispensável para a aromaterapia nas nossas vidas.

Como usar óleos essenciais no difusor?

O seu uso é muito simples. Cada difusor vem com feltros que absorvem os óleos essenciais, permitindo então a sua difusão ao longo do dia. Nos feltros você pinga de duas a quatro gotas dependendo do óleo desejado. A escolha do óleo essencial vai variar segundo a sua necessidade para aquele dia.  Assim você já leva aquele aroma por onde você for, recebendo todos os benefícios provenientes da aromaterapia ao longo do seu dia. 

Por terem alta volatilidade e alta concentração os óleos essenciais evaporam naturalmente, dispersando suas moléculas pelo ar à medida que o tempo passa, com apenas algumas gotinhas por dia.

Além de permitir que a prática da aromaterapia fique mais fácil, o difusor é um acessório lindo e elegante. Assista o vídeo que fizemos demonstrando como é simples de utilizar.

Possuímos em nosso catálogo diversos modelos de difusores, colares, pulseiras adulto e infantil, difusores de pedra vulcânica e ainda difusores para carro. Visite a nossa loja para ver os modelos!


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Óleos essenciais funcionam?

óleos essenciais funcionam

Óleos essenciais funcionam?

Os óleos essenciais são moléculas aromáticas extraídas das plantas. Essas moléculas são utilizadas pelas plantas para se comunicarem com o meio em que vivem, já que elas não conseguem se locomover, precisam atrair os  animais que irão contribuir para a sua dissipação no meio ambiente e retrair animais e pragas que irão degradá-la. Dessa forma as moléculas aromáticas conseguem gerar diferentes reações no seres vivos e no seu entorno. Mas, os óleos essenciais funcionam para a nossa saúde?

A Aromaterapia é um tratamento tradicional que utiliza os óleos essenciais de acordo com seus efeitos em diversas áreas. Sua ação se inicia, quando uma molécula aromática flutua até à câmara olfatória. Região mais alta do nariz situada entre as sobrancelhas. Então, entra em contato com o receptor específico de cada aroma no epitélio olfatório, que envia essa informação através de seu nervo diretamente para o hipocampo, sistema límbico e corpo amidalóide. Essa informação dispara estímulos no controle do sistema nervoso autônomo e no controle secretório interno, alterando uma série de reações vitais. Os resultados obtidos com experimentos utilizando a inalação de óleos essenciais contribuem para entender os efeitos estimulantes ou sedativos no comportamento de um indivíduo após inalação de compostos aromáticos.

Percepção do Aroma e memórias emocionais

Os óleos essenciais nos trazem inúmeros benefícios. Para compreender sua atuação nos seres humanos é preciso saber como acontece a sua assimilação no nosso organismo e como ele altera a nossa percepção, provocando estímulos nos sistemas fisiológico, emocional e comportamental, além alterar nossa relação com o mundo externo.

A captação dos aromas ocorre através das estruturas que se localizam no interior do nariz e no interior do sistema nervoso central (SNC). A espécie humana possui milhões de células receptoras olfativas – chamadas de neurônios sensitivos – que localizam-se mais superficialmente na cavidade nasal. Esses neurônios necessitam ser reproduzidos continuamente já que estão mais susceptíveis a traumas. Em média são renovados entre 30 e 60 dias e sua perda é estimada em 1% ao ano, sendo esse o motivo da diminuição do olfato com o avanço da idade.

Os chamados neurônios sensitivos seguem para o interior do crânio chegando aos bulbos olfativos e, por fim, ao córtex olfativo, que são estruturas mais complexas onde ocorre a percepção da olfação. Uma outra parte dos neurônios olfativos irá se estender até o lobo frontal, que está intimamente ligado ao sistema límbico, sendo responsável pela percepção emocional dos odores. É no sistema límbico que estão localizadas as áreas relativas à motivação, à memória, à preservação da espécie e ao comportamento emocional. 

A percepção dos aromas acontece a todo momento no nosso corpo, mas são as  reações cerebrais ocasionadas pelos óleos essenciais que fazem a sua ação terapêutica. Só é possível perceber essas substâncias aromaticamente pois elas apresentam algumas características especiais: a volatilidade (tornam-se vapor ou gás a temperatura e pressão ambientes), ser hidrossolúvel (para solubilizar na mucosa nasal) e lipossolúvel (para interagir com os neurônios olfativos).

O processo olfativo dos óleos essenciais

O processo do mecanismo olfativo decorre quando as moléculas do óleo desprendem-se e volatilizam-se, sendo aspiradas por quem estiver no ambiente. Essas moléculas atingirão o epitélio nasal ao penetrar nas fossas nasais. Irá então se dissolver na mucosa sensibilizando os neurônios olfativos, que enviarão a mensagem neurológica até o bulbo olfativo. No bulbo essas informações olfativas serão transmitidas as várias partes do cérebro, inclusive ao sistema límbico. Abaixo segue um esquema do caminho percorrido e de como os óleos essenciais funcionam.

Dessa forma os óleos terão múltiplas atuações, dependendo de qual área a molécula irá sensibilizar, podendo ter efeito na saciedade (sede e ingestão de alimentos), nas atividades físicas, no equilíbrio da pressão arterial, na frequência cardíaca, nos movimentos involuntários, na atenção dirigida, na lógica sequencial de pensamentos, memória olfativa, nas emoções (agressividade, tranquilidade, calma, hiperatividade sexual, etc.) e na regulação do humor.

Devido à essa proximidade do bulbo olfativo com as regiões do cérebro que processam memórias e emoções é que o cheiro torna-se um gatilho mais poderoso para a lembrança do que a visão e a audição. Ele possui um nível de nitidez que nenhum desses outros sistemas de armazenamento cerebral são capazes de produzir. Os cheiros nos fazem reviver o passado de maneira muito mais intensa do que os outros sentidos, mesmo que seja por alguns instantes, o aroma poderá nos remeter a uma emoção conectada a uma lembrança passada que nos marcou de alguma forma. Essa memória olfativa pode ocorrer tanto em relação à traumas que estão associados à cheiros específicos, por exemplo, o cheiro forte das flores em um enterro de um ente querido, quanto em situações agradáveis, como o cheiro do bolo da vovó, que nos leva mentalmente para um local de segurança, tranquilidade e aconchego.

Novos estudos e a medicina tradicional

A relação do homem com os óleos essenciais existe a milhares de anos, mas com o avanço da medicina e de campos de estudo como a neurociência hoje conseguimos verificar, com dados, todas essas reações e os seus benefícios. Com isso surgiram novos ramos de estudos como a aromacologia ou a psicologia dos aromas, uma ciência que estuda a relação entre os aromas e as modificações que eles provocam em nosso humor. Esses novos estudos corroboram o que já era feito de maneira empírica nas medicinas tradicionais e contribuem para uma evolução constante da aromaterapia como uma área da saúde e do conhecimento. 

Os aromas atuam ativando áreas do sistema límbico e do hipotálamo que cuidam das funções vegetativas e endócrinas do corpo, e assim estimula reações comportamentais que podem auxiliar na recuperação de traumas, distúrbios de personalidades, desequilíbrio emocional etc.

Por exemplo um óleo essencial calmante ativa a liberação de serotonina que responsável pela sensação de bem estar, promovendo relaxamento, aliviando estresse, ansiedade, etc.

Os óleos essenciais funcionam em nossa relação com o meio quando altera o nosso humor, trazendo bem-estar, reduzindo o estresse, aumentando nossa concentração e também ao contribuir para a nossa estética. 

Os óleos podem ser utilizados pela Aromaterapia para melhora do humor, sintomas moderados de distúrbios como estresse induzido pela ansiedade, depressão e dores crônicas. É uma terapia bem aceita pela população, por ser de agradável aplicação. Estimula o organismo de maneira suave, podendo melhorar respostas orgânicas e também desequilíbrios emocionais, que trabalhados de forma conjunta levam a um bem-estar global do ser humano.

fonte: MACHADO, B. FERNANDES, A. Óleos essências: aspectos gerais e usos em terapias naturais. Cad. acad., Tubarão, v. 3, n. 2, p. 105-127, 2011

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O que são os óleos essenciais?

O que são os óleos essenciais?

Os óleos essenciais (OE) são compostos naturais, voláteis e complexos, caracterizados por um forte odor e alta concentração. Sua extração pode ser realizada por várias técnicas como arraste a vapor, hidrodestilação, prensagem a frio, extração por solventes orgânicos, extração por alta pressão e extração por CO2 supercrítico. Folhas, flores, frutos, talos, caule, haste, pecíolo, casca e raízes são utilizados como matéria prima para a extração.

As plantas produzem compostos que utilizam para sua alimentação e nutrição, mas também produzem outros que não são utilizados diretamente nessas funções. Os óleos essenciais estão entre esses compostos secundários e exercem funções de autodefesa, atração e proteção, auxiliando-a em sua sobrevivência. A produção dos óleos essenciais acontece conforme a necessidade da planta, ou seja, se ela precisa repelir insetos predadores ou outras espécies concorrentes por espaço, nutrientes do solo e luz do sol irão produzir um tipo específico de óleo. Essas substâncias extraídas das plantas são encontrados na forma de pequenas gotas entre as células, onde agem como hormônios, reguladores e catalisadores.

Seu papel é ajudar a planta a se adaptar ao meio ambiente, funcionando como uma proteção às intempéries e predadores. Em outros casos, pode produzir um óleo essencial que irá protegê-la contra agentes patógenos, como fungos e bactérias, ou contra altas temperaturas, mantendo a temperatura estável e evitando a perda de água. Para atrair insetos polinizadores são produzidos óleos essenciais nas flores, por exemplo, e assim ela consegue se multiplicar e manter sua espécie. Àqueles obtidos das resinas das cascas das árvores terão uma ação especial de regenerar a planta. Isso é fascinante, a natureza é elaborada de mínimos detalhes e cada um deles tem a sua devida importância. Por isso, a atuação dos óleos essenciais em nós é tão ampla, varia muito conforme o óleo utilizado e também com a maneira que ele é utilizado.

Por exemplo, a mesma espécie de alecrim poderá produzir diferentes óleos essenciais se for cultivado em ambientes completamente distintos. Àquele que for submetido à, altas temperaturas, irá desenvolver maior quantidade de uma substância que o protegerá desse calor e o outro que for submetido a um solo com, outros nutrientes, poderá produzir outra substância em quantidade maior. Sendo assim, teremos a mesma espécie com dois subtipos, como se fossem duas raças. Por isso, encontramos no mercado o alecrim qt cânfora ou qt cineol.

Os óleos essenciais apresentam diferentes propriedades biológicas, como à ação larvicida, atividade antioxidante, ação analgésica e anti-inflamatória, fungicida, e atividade antitumoral. Eles também são usados por seus efeitos sobre os estados emocionais e mentais. O OE de Lavanda, por exemplo, tem um grande poder relaxante induzindo ao sono. Já o óleo de eucalipto tem um poder animador e revitalizante.

Essa denominação “qt” mostra qual o quimiotipo, ou seja, houve uma modificação na estrutura daquela espécie e esse é o componente em maior quantidade nela. Tudo isso terá influência no resultado, gerando uma composição química específica. Alguns desses fatores irão interferir na extração dos óleos essenciais para fins terapêuticos e medicinais. Por exemplo, algumas plantas produzem maior quantidade de óleo essencial, já outras terão que ser extraídas por métodos mais complicados e demorados. Da mesma forma, algumas plantas precisam de uma grande quantidade de máteria-prima para produzirem uma pequena quantidade de óleo. Tudo isso irá refletir na disponibilidade dos óleos essenciais e no preço, que pode ser mais, ou menos acessível.

Geralmente, estes óleos são utilizados pela Aromaterapia para melhora do humor, sintomas moderados de distúrbios como stress induzido pela ansiedade, depressão e dores crônicas, além do que parece ser terapeuticamente efetivo tanto para efeitos psicológicos do odor quanto para os efeitos fisiológicos da inalação de seus componentes voláteis.

Composição dos óleos essenciais

Dito isso, agora é hora de compreender do que os óleos essenciais são formados. Para isso é preciso examinar de forma minuciosa e ainda mais profunda a sua composição. Microscopicamente os óleos essenciais são formados por vários constituintes químicos, ou seja, estruturas muito pequenas com características diferentes e que podem causar transformações químicas no organismo humano. Esses componentes juntos é que definirão as propriedades curativas de cada óleo, por isso quando são combinados de forma diferente podem promover diferentes benefícios. Um único óleo essencial pode apresentar até 300 componentes químicos diferentes, já imaginou? Dentro desse frasquinho de 10 ml podem ter centenas de ativos terapêuticos. Isso significa que esse óleo essencial terá uma ação diversa e ampla, dependendo da concentração de cada componente presente nele.

Essa interação que ocorre entre os elementos do óleo essencial é chamada de sinergia. Alguns podem ter na sua composição mais de 84% de apenas um elemento e, no restante, outros componentes variados. Esse que está em maior quantidade é chamado de ativo majoritário. Alguns constituintes representam menos de 0,1% do total do óleo essencial, esses são os ativos minoritários. Então, eis aqui a resposta do porque os óleos essenciais são tão benéficos e conseguem atuar em frentes que, a primeira vista, parecem tão distintas. A ação terapêutica do óleo essencial está intimamente ligada tanto aos ativos majoritários quanto aos minoritários. Ou seja, quando um ativo é isolado quimicamente é possível verificar que ele não possui a mesma eficiência quando está sozinho. Por isso, aqueles pequenos resíduos ou traços dos elementos minoritários terão, também, um papel importante na hora de definir as qualidades do óleo. Todos dois são fundamentais e a concentração desses constituintes químicos é que dará ao óleo essencial sua particularidade.

Mas afinal quem são eles? Como foi dito anteriormente, existem cerca de 300 constituintes químicos que formam a base dos óleos essenciais. Eles fazem parte de famílias químicas, que podem ser Monoterpenos, Sesquiterpenos, Álcoois, Aldeídos, Cetonas, Ésteres, Fenóis, entre outras. A intenção aqui não é explicar a composição de cada família bioquimicamente, mas fazer com que vocês entendam qual a característica é dada ao óleo essencial a partir das estruturas moleculares dessas famílias. Serão citadas algumas propriedades gerais e específicas, e alguns exemplos de óleos essenciais.

Na família dos Monoterpenos teremos os constituintes α- Pineno, Mirceno, δ-3-Careno, p-Cimeno, Limoneno, Ocimeno, entre outros. São essas substâncias que trazem a característica de euforia, ânimo e disposição dos óleos essenciais. Eles são estimulantes, descongestionantes das vias respiratórias e ajudam na circulação venosa e linfática. Na pele, quando não são diluídos, podem provocar irritação. Não devem ser utilizados por pessoas que sofrem de insuficiência renal. Os terpenos são encontrados nos óleos essenciais como o Cipreste-europeu (δ-3-Careno), na Lavanda-verdadeira (Ocimeno e β-Pineno), no Tea-tree (Terpinoleno), no Alecrim-verdadeiro (β-Pineno) e, principalmente, nos cítricos como a Laranja-amarga (β-Pineno), o Limão-Taiti e Limão-siciliano (α e γ-Terpineno), e no Limão, Laranja e Mandarina (Limoneno).

Os Sesquiterpenos são muito eficazes nos tratamentos alérgicos e inflamatórios, como erupções e irritações da pele, coceiras e crises de asma. Em doses terapêuticas, praticamente não tem nenhuma toxicidade. São calmantes, relaxantes, sedativos e descongestionantes venosos e linfáticos. Geralmente são encontrados nas raízes e resinas das árvores. Equilibram o Sistema Nervoso e nos ajudam a induzir a meditação. Estão presentes no Orégano (Germacreno-D), no Ylang-Ylang (Farneseno), no Gengibre (Zingibereno), na Mirra (Elemeno), no Cipreste-europeu (Cadineno), na Copaíba (Copaeno), no Patchouli (Patchouleno, Gaieno), na Pimenta-Preta (β-Cariofileno) e no Cedro-do-atlas (Himacaleno), que é um dos mais ricos em Sesquiterpenos.

Os Álcoois são energizantes, tonificantes e equilibradores. São poderosos antissépticos e aumentam nossa imunidade. Nesse caso, serão mais utilizados por suas propriedades específicas do que por suas propriedades gerais. Por exemplo, o Santalol é um grande auxiliar em casos de insuficiência cardíaca e o Carotol é regenerador do fígado. Encontrados no Cipreste-europeu (Cedrol), no Patchouli (Patchoulol), no Eucalipto-glóbulos (globulol) e na Sálvia-esclareia (Esclareol). Outros tipos são encontrados na Palmarosa (Geraniol), na Manjerona-verdadeira (Tuianol), na Hortelã-pimenta (Mentol), no Gerânio-bourbon (Citronelol), no Tea-tree e na Manjerona-verdadeira (Terpinen-4-ol) e na Lavanda-verdadeira (Lavandulol).

Os Aldeídos aromáticos são anti-infecciosos potentes e imunoestimulantes. Como a Canela-do-ceilão (cascas) e a Canela-da-china (cássia) que possuem o Cinamaldeído. Já os Aldeídos terpênicos são potentes anti-inflamatórios, analgésicos, calmantes, sedativos e antifúngicos. Auxiliam em doenças reumáticas, articulares e que afetam o sistema nervoso. Muito utilizadas para gerar bem-estar e conforto, pois promovem o acolhimento. Podem causar alergias se utilizados diretamente na pele. Estão presentes nos óleos de Capim-limão-cidreira, Verbena e Bergamota (Neral e Geranial), Citronela e Gerânio- Bourbon (Citronelal).

As Cetonas terpênicas são potentes relaxantes musculares e expectorantes, combatem os vírus e os parasitas, ajudam a reduzir a gordura atuando no colesterol LDL (“ruim”). Utilizados em doses altas pode ser neurotóxico e entorpecer. Em doses baixas estimulam o Sistema Nervoso Central. Podem aumentar a pressão arterial e os batimentos cardíacos. É necessária cautela ao utilizar os óleos essenciais que possuem cetonas em grandes quantidades, como o de Hortelã-Pimenta (Mentona). Além desse, são encontrados também nos óleos de Alecrim-verdadeiro qt verbenona (Verbenona), de Alecrim-verdadeiro qt cânfora (Borneona) e de Eucalipto-glóbulos (Pinocarvona).

Os Ésteres terpênicos são anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, calmantes, sedativos, analgésicos e antiespasmódicos. Ajudam a equilibrar o Sistema Nervoso e na produção de endorfinas, ou seja, promovem o bom humor, o bem-estar, o entusiasmo, a descontração. Indicados para pessoas muito estressadas, depressivas e viciadas em trabalho. Encontrado no Gerânio-bourbon (Formato de citronelila e de geranila), na Lavanda-verdadeira e na Laranja-amarga (Acetato de Linalina), no Cravo-da-índia (Acetato de eugenila) e no Ylang-ylang (Acetato de Linalina e Benzoato de isobutila).

Os Fenóis aromáticos são tônicos e estimulantes em geral. São os anti-infecciosos mais potentes, atuam contra bactérias, parasitas, fungos e vírus. São imunoestimulantes e antioxidantes. O eugenol tem a característica específica de anestesiar e induzir as contrações uterinas. São dermocáusticos, ou seja, não devem ser utilizados puros diretamente sobre a pele e mucosas. Podem ser utilizados em doses altas por curtos períodos e substituídos pelos álcoois terpênicos depois ou em baixas dosagens por longos períodos de forma preventiva. São encontrados no Tomilho qt timol (Timol), no Tomilho qt carvacrol e no Orégano (Carvacrol), no Cravo-da-índia e na Canela-do-ceilão (Eugenol).

Os Óxidos terpênicos são excelentes expectorantes e imunorreguladores. Descongestionantes respiratórios, ajudam a eliminar o muco, antibacterianos e antiviróticos. Harmonizam o Sistema Nervoso. Alguns deles devem ser evitados em bebês e gestantes. São muito utilizados em complicações no aparelho respiratório, asma, bronquite,  sinusite, rinite e pneumonia. Podem cortar o efeito dos medicamentos homeopáticos. Encontrados no Alecrim-verdadeiro qt cineol e no Eucalipto-glóbulus (1,8 cineol).

Os Metil-éter-fenóis são antiespasmódicos, analgésicos, anti-inflamatórios e digestivos. Em doses elevadas e prolongadas podem causar toxicidade crônica, então devem ser utilizados com moderação e conhecimento. É muito utilizado para alívio de dores, principalmente reumatológicas e ginecológicas, porque evita espasmos e contrações uterinas, intestinais, estomacais e na bexiga. Complementa a ação contra vírus, bactérias e fungos de outras famílias. Encontrados, por exemplo, no óleo essencial de Funcho (Anetol).

Ainda temos as Lactonas, as Cumarinas, as Ftalidas, os compostos nitrogenados e os compostos sulfurados.

Conclui-se, portanto, que a personalidade do óleo essencial depende do que ele é formado, de qual é a constituição do seu “esqueleto”, ou seja, a sua estrutura molecular. Quanto maior a quantidade de componentes presentes nele, mais amplas serão as atuações terapêuticas. Podendo, sim, melhorar a saúde como um todo, ajudando a tratar desde uma irritação na pele, uma dor, um fungo na unha, até uma alteração neurológica. Proporcionar alívio do estresse ou interferir nas emoções e sentimentos, equilibrando-os, como já citado em edições anteriores desta Newsletter. Por isso a Aromaterapia é maravilhosa! Mas, como tudo nessa vida, deve ser utilizada com cautela e conhecimento. Mesmo sendo algo natural, os óleos essenciais são muito potentes e concentrados, já que tem tantos constituintes juntos, então uma pequena dose poderá ter um grande efeito. Lembre-se sempre: em Aromaterapia MENOS é MAIS.

fonte: MACHADO, B. FERNANDES, A. Óleos essenciais: aspectos gerais e usos em terapias naturais. Cad. acad., Tubarão, v. 3, n. 2, p. 105-127, 2011


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Como surgiu a aromaterapia?

Aromaterapia é a ciência terapêutica que utiliza substâncias aromáticas naturais, os óleos essenciais. Ainda assim, diferentemente dos meios convencionais ela trata o corpo de maneira integral e, não apenas remediando o sintoma isolado. Além disso, proporciona um equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Mas como a aromaterapia surgiu?

Uma breve história da aromaterapia

Antes de tudo, existem evidências que as ervas aromáticas nos acompanham desde os primórdios do homem na terra e seus usos vão desde a culinária até a medicina. Ou seja, esse conhecimento vem sendo acumulado durante todo esse tempo. Por isso, com a chegada dos métodos científicos passou a ser testado e catalogado, permitindo assim estudos para a comprovação de sua eficácia.

René Maurice Gattefossé foi o inventor da palavra Aromaterapia. Um químico oriundo de uma família proprietária de uma empresa de perfumes, Gattefossé já tinha contato com os óleos essenciais. Certo dia, enquanto trabalhava, ele se queimou gravemente, e como reação mergulhou a sua mão em óleo essencial de alfazema. Com isso, a queimadura sarou rapidamente sem ficar com bolhas. Posteriormente, ele iniciou seus estudos, e podemos considerar que a partir dos disso nasceu a chamada Aromaterapia Moderna.

Marguerite Maury, uma enfermeira e bioquímica francesa, foi a pioneira que comprovou os efeitos terapêuticos dos óleos essenciais no corpo e na mente e desenvolveu o método de diluição e aplicação dos óleos essenciais em massagens

Na modernidade

Em síntese, Jean Valnet, médico francês, foi quem difundiu na medicina moderna, as suas experiências com óleos essenciais para tratamento de feridos durante a 2.ª guerra mundial, sobretudo ao publicar um livro sobre os ótimos resultados obtidos.

Posteriormente, a maturidade da Aromaterapia moderna foi atingida em 1980, logo após os bioquímicos isolarem nos óleos essenciais os componentes responsáveis pelas suas espantosas propriedades. A partir de então a ciência voltou a focar as suas investigações no estudo das plantas. Mundialmente conhecida, a aspirina (ácido acetilsalisíaco), por exemplo, foi elaborada a partir de uma substância química, a salicina, encontrada na casca de um salgueiro. As propriedades antipiréticas e analgésicas do salgueiro já eram conhecidas por Hipócrates que recomendava chá de folhas de salgueiro para o alívio das dores e estados febris.

Atualmente a aromaterapia é reconhecida e empregada em muitos países industrializados, como um método extremamente eficaz de terapêutica. Portanto, em se tratando do conhecimento e avanço na área, a Inglaterra e a França são os países que mais se destacam, com trabalhos sérios e de qualidade. Vale ressaltar que na Inglaterra existe um Conselho de Aromaterapia e na França existem faculdades que possuem a disciplina “Aromaterapia” nos seus cursos de medicina.

FONTE: Aromaterapia: da gênese a atualidade (BRITO, A. M.; RODRIGUES, S.; BRITO, R.; XAVIER-FILHO, L., 2013)

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