Aromaterapia é a ciência terapêutica que utiliza substâncias aromáticas naturais, os óleos essenciais. Ainda assim, diferentemente dos meios convencionais ela trata o corpo de maneira integral e, não apenas remediando o sintoma isolado. Além disso, proporciona um equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Mas como a aromaterapia surgiu?

Uma breve história da aromaterapia

Antes de tudo, existem evidências que as ervas aromáticas nos acompanham desde os primórdios do homem na terra e seus usos vão desde a culinária até a medicina. Ou seja, esse conhecimento vem sendo acumulado durante todo esse tempo. Por isso, com a chegada dos métodos científicos passou a ser testado e catalogado, permitindo assim estudos para a comprovação de sua eficácia.

René Maurice Gattefossé foi o inventor da palavra Aromaterapia. Um químico oriundo de uma família proprietária de uma empresa de perfumes, Gattefossé já tinha contato com os óleos essenciais. Certo dia, enquanto trabalhava, ele se queimou gravemente, e como reação mergulhou a sua mão em óleo essencial de alfazema. Com isso, a queimadura sarou rapidamente sem ficar com bolhas. Posteriormente, ele iniciou seus estudos, e podemos considerar que a partir dos disso nasceu a chamada Aromaterapia Moderna.

Marguerite Maury, uma enfermeira e bioquímica francesa, foi a pioneira que comprovou os efeitos terapêuticos dos óleos essenciais no corpo e na mente e desenvolveu o método de diluição e aplicação dos óleos essenciais em massagens

Na modernidade

Em síntese, Jean Valnet, médico francês, foi quem difundiu na medicina moderna, as suas experiências com óleos essenciais para tratamento de feridos durante a 2.ª guerra mundial, sobretudo ao publicar um livro sobre os ótimos resultados obtidos.

Posteriormente, a maturidade da Aromaterapia moderna foi atingida em 1980, logo após os bioquímicos isolarem nos óleos essenciais os componentes responsáveis pelas suas espantosas propriedades. A partir de então a ciência voltou a focar as suas investigações no estudo das plantas. Mundialmente conhecida, a aspirina (ácido acetilsalisíaco), por exemplo, foi elaborada a partir de uma substância química, a salicina, encontrada na casca de um salgueiro. As propriedades antipiréticas e analgésicas do salgueiro já eram conhecidas por Hipócrates que recomendava chá de folhas de salgueiro para o alívio das dores e estados febris.

Atualmente a aromaterapia é reconhecida e empregada em muitos países industrializados, como um método extremamente eficaz de terapêutica. Portanto, em se tratando do conhecimento e avanço na área, a Inglaterra e a França são os países que mais se destacam, com trabalhos sérios e de qualidade. Vale ressaltar que na Inglaterra existe um Conselho de Aromaterapia e na França existem faculdades que possuem a disciplina “Aromaterapia” nos seus cursos de medicina.

FONTE: Aromaterapia: da gênese a atualidade (BRITO, A. M.; RODRIGUES, S.; BRITO, R.; XAVIER-FILHO, L., 2013)