Óleos essenciais funcionam?
Óleos essenciais funcionam? Os óleos essenciais são moléculas aromáticas extraídas das plantas. Essas moléculas são utilizadas pelas plantas para se comunicarem com o meio em que vivem, já que elas não conseguem se locomover, precisam atrair os animais que irão contribuir para a sua dissipação no meio ambiente e retrair animais e pragas que irão degradá-la. Dessa forma as moléculas aromáticas conseguem gerar diferentes reações no seres vivos e no seu entorno. Mas, os óleos essenciais funcionam para a nossa saúde? A Aromaterapia é um tratamento tradicional que utiliza os óleos essenciais de acordo com seus efeitos em diversas áreas. Sua ação se inicia, quando uma molécula aromática flutua até à câmara olfatória. Região mais alta do nariz situada entre as sobrancelhas. Então, entra em contato com o receptor específico de cada aroma no epitélio olfatório, que envia essa informação através de seu nervo diretamente para o hipocampo, sistema límbico e corpo amidalóide. Essa informação dispara estímulos no controle do sistema nervoso autônomo e no controle secretório interno, alterando uma série de reações vitais. Os resultados obtidos com experimentos utilizando a inalação de óleos essenciais contribuem para entender os efeitos estimulantes ou sedativos no comportamento de um indivíduo após inalação de compostos aromáticos. Percepção do Aroma e memórias emocionais Os óleos essenciais nos trazem inúmeros benefícios. Para compreender sua atuação nos seres humanos é preciso saber como acontece a sua assimilação no nosso organismo e como ele altera a nossa percepção, provocando estímulos nos sistemas fisiológico, emocional e comportamental, além alterar nossa relação com o mundo externo. A captação dos aromas ocorre através das estruturas que se localizam no interior do nariz e no interior do sistema nervoso central (SNC). A espécie humana possui milhões de células receptoras olfativas - chamadas de neurônios sensitivos - que localizam-se mais superficialmente na cavidade nasal. Esses neurônios necessitam ser reproduzidos continuamente já que estão mais susceptíveis a traumas. Em média são renovados entre 30 e 60 dias e sua perda é estimada em 1% ao ano, sendo esse o motivo da diminuição do olfato com o avanço da idade. Os chamados neurônios sensitivos seguem para o interior do crânio chegando aos bulbos olfativos e, por fim, ao córtex olfativo, que são estruturas mais complexas onde ocorre a percepção da olfação. Uma outra parte dos neurônios olfativos irá se estender até o lobo frontal, que está intimamente ligado ao sistema límbico, sendo responsável pela percepção emocional dos odores. É no sistema límbico que estão localizadas as áreas relativas à motivação, à memória, à preservação da espécie e ao comportamento emocional. A percepção dos aromas acontece a todo momento no nosso corpo, mas são as reações cerebrais ocasionadas pelos óleos essenciais que fazem a sua ação terapêutica. Só é possível perceber essas substâncias aromaticamente pois elas apresentam algumas características especiais: a volatilidade (tornam-se vapor ou gás a temperatura e pressão ambientes), ser hidrossolúvel (para solubilizar na mucosa nasal) e lipossolúvel (para interagir com os neurônios olfativos). O processo olfativo dos óleos essenciais O processo do…